Com a globalização digital e a mudança nos padrões de consumo, ter presença online nunca foi tão importante, mesmo empresas com pontos físicos necessitam de presença nas redes sociais, e por isso, problemas com marcas registradas nunca foram tão comuns, mas então vem a pergunta: Porque registrar uma marca? Quais são os riscos de não ter esse registro?
Porque registrar um marca no INPI é tão importante?
Paulo tem 27 anos e trabalha desde os 14, se casou aos 19 anos com Isabel e tem 2 filhos, o César Augusto de 7 anos e a pequena Beatriz de 2 aninhos. Desde muito jovem ele traz consigo um sonho: entrar em uma agência de veículos e comprar um carro zero quilômetro.
Paulo se esforçou dos 14 aos 19 anos, fez uma boa reserva, porém aos 19 anos acabou investindo em seu casamento e não conseguiu comprar o carro, e logo veio o primeiro filho e em seguida o segundo, e o sonho do carro foi sendo adiado.
Como todo bom brasileiro, Paulo não desiste nunca, e depois de muita dedicação e esforço ele e sua esposa conseguem reunir uma quantia para realizar o tão sonhado feito de comprar o carro zero.
Depois de visitar diversas agências, entrar em veículos diferentes, pesquisar muito e tomar muitos cafés com vendedores então chega o momento!
O carro certo, a agência ideal, a cor escolhida, tudo parecia perfeito, como Paulo havia sonhado desde criança, então ele faz a compra, prepara toda a papelada e o vendedor faz o seguinte questionamento:
- Tudo certo Paulo, o carro é seu, porém o seguro só fica pronto daqui uma semana, você vai esperar para levar o carro ou vai levar já?
Paulo então responde rapidamente:
- Imagina que vou esperar, já esperei tanto, vou levar o veículo, só mais 7 dias, nada vai acontecer!
- Tudo bem, você que manda! Diz o vendedor.
Tudo pronto, o check-out realizado pela agência, Paulo então se prepara, não vê a hora de mostrar o carro aos filhos e a esposa, então ajusta o banco, sentindo o cheiro do couro novo, posiciona o retrovisor, engata o câmbio automático de 8 velocidades e sai pelo portão da agência que dá acesso à avenida principal de sua cidade, pronto, agora é só desfilar com a conquista.
Paulo passa o primeiro sinal de trânsito e quando vai sair, vem um louco com um carro à quase 100 quilômetros por hora e acerta seu carro em cheio!
Os 8 airbags abrem, o carro gira para todo lado, e acaba capotando. Paulo está bem!
O carro, muito seguro, conseguiu absorver o impacto e Paulo não se machucou, porém ele se lembra que retirou o carro da agência sem o seguro.
Que mancada eim Paulo!
Ufa, que sufoco, essa é apenas uma Estória com “E” maiúsculo, ou seja, não é real, mas vamos aproveitá-la para refletir um pouco sobre o registro de marcas.
Muitos empresários no Brasil acabam agindo como o Paulo, lutam para criar a empresa, escolhem um nome bacana, pagam caro para criação de logotipo, site, redes sociais, material publicitário, embalagens, fachadas e quando tudo está pronto, acabam não gastando o mínimo para registrar uma marca, pois consideram “Caro”, e o que ocorre é, que outras empresas podem já ter um nome parecido, e ao registrarem acabam por força judicial o impedindo de usar a marca, imagina o prejuízo.
Divulgar um nome sem registrar a marca é o mesmo que sair com um carro zero da agência, sem seguro, e olha que muitas vezes sua marca vale muito mais que um carro zero.
Não caia no erro do Paulo, não pense que registrando mais tarde, seu nome estará protegido, a única forma de blindar sua marca contra cópias é a registrar no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
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